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segunda-feira, 28 de julho de 2014

Conhecendo seus jogadores


Falamos anteriormente que a interação do grupo é uma das partes mais importante em uma partida de RPG, que os livros de regras são uma parte menor. Então vamos por isso em valores, digamos que 30% é relacionado as regras e que 70% está relacionado o envolvimento do grupo e a preparação do narrador/mestre. Isso, se levarmos em conta um grupo ideal, que é algo inexistente, pelo simples fato de que, em um grupo de RPG existem pessoas dos mais variados graus de comprometimento e desejos.
Com essas considerações acima, para quem não conhece, considera o RPG uma coisa só, pois bem, não é bem assim, pois existem vários títulos e com várias regras diferentes, se fosse uma coisa só, não teríamos problemas. Então para que tenhamos uma boa participação no grupo e atinjamos o envolvimento necessário, devemos saber o que o grupo espera e deseja.
Cada pessoa vem à mesa de jogo com preferências e motivações próprias; como narrador, devemos saber interpretar e moldar essas preferências, juntando a de todos os presentes e montando uma ótima experiência. Muitos dos que estão lendo este artigo, devem ser narradores e ficaram interessados em como estes artigos contribuirá para sua experiência como narrador/mestre, mas pararam para pensar no porque se tornaram narradores? Geralmente isso vem do fato de querermos ter um maior controle na experiência de jogo ou simplesmente por querer expressar nossa criatividade e externar aquelas ideias que ficam na nossa mente, alguns eu sei, são narradores/mestres pelo simples fato de ninguém mais no grupo querer ser. Essas dicas também servem para você.
Afinal de contas, devemos encontrar um meio termos, sem sacrificarmos os nossos gostos também, pois isso nos deixaria entediados e narradores/mestres entediados, fazem histórias chatas, então devemos fazer histórias que façam os jogadores ficarem animados e nós narradores também. Então a chave para boas aventuras, inicialmente, é descobrir o que cada jogador do grupo e nós mesmos gostamos e assim encontrarmos um estilo de jogo que deixará todos contentes.
Vamos então descobrir os tipos de jogadores dos nossos grupos e preencher uma planilha que nos ajudará a compreender cada um e assim, prepararmos nossas aventuras. Segue abaixo a planilha e como preencher, será ensinado no próximo artigo que está quase pronto.

Jogador
Tipo
Ponta pé emocional






segunda-feira, 14 de julho de 2014

As grandes, imutáveis e inquebráveis leis.



Os criadores de jogos, geralmente são uma raça egoísta. É por isso que preferem evitar certos grupos, pois preferem contemplar a verdadeira essência do RPG. Eles trabalham em regras, desenha mapas, fazem play test entre outras coisas, muitas das quais, os narradores e jogadores nem chegam a usar, alterando algumas regras para uma melhor experiências de jogo, coisa que muitas vezes não acontecem. Mas o que torna uma sessão de RPG boa ou ruim?
            Tomando como base o livro do Robin D, Laws, me dado de presente pelo grande amigo Franciolli, antes de se aventurar em novas dugeons. O livro tem por título “As leis de Robin para os bons mestre”, então escreverei um misto do que está no livro e minhas próprias concepções rpgisticas, adquirida após alguns anos de experiências e vivências em grupos de RPG como mestre e/ou como jogador. Espero que gostem e vamos lá!
            A primeira coisa que devemos ter em mente, quem faz a diferença na sessão é você. A sua participação na aventura, seja como jogador ou mestre/narrador, tem muito mais influência na diversão do grupo, do que qualquer outra coisa no mundo. Certo, eu faço a diferença no meu grupo, mas e os livros? Os livros de regras não são RPGs, são como os roteiros de um filme. Enquanto não estivermos sentados com o nosso grupo, sacarmos os dados e as fichas dos personagens, e o narrador/mestre iniciar a sua fala nos situando da situação, não teremos RPG.
            Mas o que vem em nossas mentes quando pensamos em RPG? Geralmente o associamos a aventuras, livros de regras, planilhas de personagem e menos associados a nosso grupo, mesmo sabendo que sem ele, não teremos RPG. É a nossa participação ativa que surge a partir da interação entre o seu pensamento e sua imaginação, que faz RPG tão vital e especial. Fugindo a padrões midiáticos convencionais.
            Uma extrema interatividade entre pessoas e histórias, torna o RPG um jogo extremamente interessante, ironicamente, essa bela característica é que fará com que o RPG nunca seja algo para a massa, mesmo que vejamos adaptações de nossos RPGs preferidos para o cinema, mas nunca será a mesma coisa. A internet e alguns filme e desenhos de nossa cultura vem plantando uma forma para que as novas gerações sejam mais receptivos a ele, uma dessas obras é o anime Pokemon.
            Uma coisa que podemos perceber, é a evolução nos sistemas de regras atuais, as novas versões de alguns clássicos que estão com regras atualizadas e com novas dinâmicas, contudo, isso é apenas 30% de toda a experiência do jogo e os demais por centos, sabemos que está no grupo de jogo e sua participação; assim, iremos tentar ver o que pode ser feito para melhorar nossas partidas.


            Bem, sabemos que normalmente um grupo de RPG é composto por jogadores e narradores, onde cada grupo decide o sistema também, pois hoje em dia, temos sistemas que usam de narrativa compartilhada onde todos narram. Mas vamos em frente, uma das pessoas que mais tem importância em uma boa sessão é o narrador e essa série de artigos é voltadas para narradores, pois geralmente, ninguém ou quase ninguém ler a sessão voltada para os narradores nos livros de regras e novos narradores são formados sem lerem também, apenas com a antiga e ainda utilizada tradição oral, desfocando muitos pontos essenciais, pois como na brincadeira do telefone sem fio, que a muito brincávamos, informações importantes são perdidas. Comigo foi assim, por isso estou aqui escrevendo, lendo e refletindo sobre minha prática.
            Uma das frases mais interessantes que li neste primeiro momento é:
I submit to you that the most important, yet most often forgotten, rule of good GMing is this: Roleplaying games are entertainment; your goal as GM is to make your games as entertaining as possible for all participants (LAWS, Robin D. Robin’s Laws of good game mastering. p3.)
           
Ajudando aos que não compreendem bem inglês, é que a parte que geralmente fica esquecida, RPG é entretenimento e que o principal objetivo de todo narrador e tornar o jogo o mais divertido possível para você o narrador, assim como para seus jogadores.
Parece óbvio, mas quantas vezes você como narrador se viu fazendo de tudo para atingir o que planejou, chegando a interferir no decorrer da aventura! E quantas vezes você como jogador estava em uma aventura e de repente por algo rigidamente seguido pelo narrador, fez o interesse ir embora da aventura?
Então o meu principal objetivo ao ler este livro é me tornar um narrador melhor e tentando transcrever o que consigo compreender, para o blog, é ajudar vocês na função de mestrar/narrar, pois há dias que estamos inspirados e a narrativa corre solta sem problema algum, mas há dias em que assumimos o compromisso e não estamos tão inspirado assim, essas dicas irão contribuir para isso, assim como tem contribuído a mim.

Enquanto refletimos sobre nossa prática como narrador/mestre, vou preparando o próximo artigo para vocês.

sexta-feira, 4 de julho de 2014

Quem é o vilão?



            Sabe aquele personagem que você cria uma certa raiva dele, que tem vontade de o ver morto, pois é, o que seriam dos filmes de super-heróis ou qualquer outro sem os vilões e suas tramas malignas, que sempre buscam colocar os outros em perigo para que o herói possa usar toda a sua capacidade para resolver. Geralmente não vemos filmes ou histórias sem vilões, afinal de contas o que seria do Homem-Aranha sem o Duende verde e toda a trupe de violões que não gostam do cabeça de teia, Harry Potter sem o “você sabe quem” ou melhor Voldemort (Não sou bruxo mesmo, heheheh!), do Batman sem o Coringa , Superman sem o Lex e por ai vai!
            Muitas vezes, esse vilão não precisa ser necessariamente uma personagem humana com um visual caprichado, pode ser uma nação ou apenas um problema sem solução aparente. Então bem, tratando o vilão como um ser ou uma nação, a questão é, por que o vilão é o vilão? Será que ele poderia ser o herói em uma outra perspectiva ou será que ele sempre foi assim? Comumente nos é mostrado apenas o lado maligno e perverso do vilão nos filmes e/ou animação que assistimos, fazendo com que sejam visto por apenas uma optica, mas como sabemos toda moeda tem dois lados e para conhecermos o real motivo disso, devemos ver o que o fez serem o que são ou será que nasceram assim?
            Atualmente, estou percebendo uma tendência em se contar à história dos vilões, mostrando o que os fez serem conhecidos pela maldade que fazem ou fizeram! E muitas vezes pelo que tenho visto, a minha opinião, claro, eles nem são tão vilões assim, vamos ver alguns exemplos abaixo:
            “E lá estava ele novamente, causando seus crimes e colocando a vida das pessoas em risco, quando de repente, aparece um herói e salva a novamente o dia, o vilão vai para a cadeia e todos ficam em paz por um determinado tempo até ele fugir da cadeia e recomeçar o ciclo.”
            “Após conseguir fugir, ele começa a tramar seus planos novamente e tentar aterrorizar a cidade.”

            Mas o que aconteceria se o herói sai de cena? O que será que o vilão faria após conseguir realizar todos os seus planos malignos? Bem, a seguir descreverei uma breve sinopse do filme Megamente, então, contém spoiler se não assitiu ainda.
            “Após várias tentativas de planos, afim de eliminar o herói, ele consegue realizar e o herói sai de cena, fazendo-o realizar todos os seus planos malignos e tomar o comando da cidade de Metrocity e com o passar do tempo, ele percebe que não há mais sentido em ser vilão, sem um heróis para lhe impedir, então bate o tédio e ele tenta recriar um herói, pois ele sente falta de suas batalhas contra o herói da cidade.”
            “Mas quando observamos o início da história, vemos que o nosso vilão, sempre foi humilhado e rejeitado pelos outros, o que fez com que se tornasse o que é para chamar a atenção dos outros. Por fim, após uma fracassada tentativa de criar um herói, que se torno egocêntrico e querendo dominar todos da cidade, o até então vilão Megamente, se torna o novo herói da cidade, lutando contra o novo vilão da cidade.”
            É um bom filme e trás um exelente trilha sonora, mas agora faço outra pergunta, quem faz o vilão? Pesquisando sobre vilões na internet, achei algo no wikipédia, algo sobre vilões que é diferente do que estamos acostumados, mesmo sabendo que o wikipédia não é uma fonte 100% confiável, mas é bastante legal. Segue abaixo:

Vilão era, na Idade Média, uma pessoa que não pertencia à nobreza feudal, que habitava urbanamente em vilas. Devemos lembrar que, o trabalhador do feudo recebia o nome de servo, e que havia naquele então vários graus de servidão; os vilões eram aqueles servos mais próximos do senhor feudal, pelo qual recebiam maiores privilégios pessoais e econômicos e tinham menos deveres. Devido a tal distanciamento dos outros servos, que faziam o trabalho mais duro do feudo, tanto nas terras do senhor feudal como nas arrendadas, os vilões perdiam simpatia, pelo que o próprio termo ganhou sentido pejorativo.1
Modernamente, o termo "vilão" é usado para se referir a alguém que pratica atos indignos. No arquipélago da Madeira, o termo continua sendo usado para descrever as pessoas não pertencentes às classes sociais mais altas e que habitam as zonas mais rurais. (http://pt.wikipedia.org/wiki/Vil%C3%A3o – Acessado em 02/07/2014)

            Assim, vendo essa breve descrição da definição do termo vilão, como era usado antigamente, percebemos que o termo é usado justamente para aquelas pessoas que não tinham a simpatia da grande maioria, coisa que muitos vilões de hoje conseguem facilmente, vai me dizer que você sentia simpatia pelo rei Joffrey de Game of Thrones?
            Então antes de julgarmos um vilão, devemos entender o seus reais motivos de agirem e serem como são, pois podem apresentar uma história muito mais complexa do que apresentada a nós até o presente momento. A Disney, parece ter compreendido que é importante mostrar o que fez o vilão ser o que é; atualmente está em cartaz o filme Malevóla, que narra a história da “Bruxa Má” da história, contudo, ao ver o filme percebemos que ela não é bruxa e muito menos má, apesar de ter lançado uma maldição, mas vejamos o contexto de tal realização!  Eu até havia escrito bons spoilers contando trechos do filme, mas decidi apagar, pois a história da Bela Adormecida todos conhecem, pelo menos creio nisso!
            O que estou querendo dizer, para finalizar esse breve artigo, é que muitas vezes conhecemos os vilões por apenas o que fazem contra os heróis e não pelo que fizeram ser os vilões que são, quando buscamos conhecer melhor a história do vilão, percebemos que há algo mais complexo que apenas o ser mal por ser mal, há um principio motivador para isso, afinal de contas, já vimos muitas vezes Magneto se unir a Xavier por um propósito comum.
            Então, você como narrador ou apenas criador de boas histórias, deve levar em consideração esses fatores que levam alguém a se tornar vilão na sua história, assim, estaria criando personagens mas profundos e que será muito mais proveitoso na sua aventura. Espero que essa breve reflexão sobre vilões ajude na construção de novos personagens!